sexta-feira, 5 de junho de 2009

Música na Bienal da Floresta

Recital de piano acontece nesta sexta-feira, às 19horas

Por Giselle Lucena

Quem disse que a Bienal da Floresta é só de livros? É da leitura não só de histórias, mas também da arte e da música. Durante toda a semana, diversas apresentações musicais foram realizadas na Praça da Revolução, das 19h às 20horas. Nesta sexta-feira (05), a programação musical da feira continua com um recital a cargo do pianista gaúcho Marcelo Brum, professor do curso de Música da Universidade Federal do Acre - Ufac.

Segundo ele, o programa será um verdadeiro panorama da música brasileira composta entre o final do século XIX e os dias de hoje. Portanto, entre os clássicos da literatura expostos na praça, os visitantes vão se deparar também com obras musicais de Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone, Ernesto Nazareth, Octávio Pinto, Walter Schultz, Alberto Nepomuceno e outros. “Tive como critério de seleção a diversidade da música brasileira, com objetivo de trazer à comunidade rio-branquense obras certamente inéditas aqui, e claro, trabalhando com uma linha de pensamento estético onde o elemento ‘agradabilidade’ estivesse sempre presente”, explica o músico.

No que se refere aos destaques do recital, além de valsas e choros de Nazareth, Marcelo afirma que vai apresentar obras de Alberto Nepomuceno que, “para muitos musicólogos, é o marco da música nacional, a primeira obra de real cunho nacionalista, composta sem influências européias”. O pianista chama atenção para uma música de Octávio Pinto, ‘descoberta’ na biblioteca da Indiana University, nos Estados Unidos. “Até hoje não tenho notícias de ninguém que a tenha tocado aqui no Brasil”. Quanto à música de Walter Schultz, o pianista garante: “não é conhecida ou não foi difundida por um motivo muito simples: sequer foi editada. O que eu tenho é uma preciosidade, uma cópia do manuscrito, que terei o prazer de dividir com o público presente”.

Sobre Marcelo Brum - Formado em Sistemas de Telecomunicações pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio Grande do Sul; Bacharel em Piano pela Universidade Federal de Pelotas; Licenciado em Música pela Universidade Cândido Mendes e Mestre em Piano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem participação ativa no cenário musical brasileiro, em atividades de performance, pesquisa e produção executiva de festivais e projetos relacionados à música. Recentemente concursado para a Universidade do Acre, é lotado no Centro de Educação, Letras e Artes desenvolvendo atividades docentes no curso de Música.

Música Histórica

O repertório musical da Bienal da Floresta, do Livro e da Leitura tem inovado. Na terça e na quarta-feira, os visitantes assistiram às apresentações do grupo Subtilior Ensemble, que interpreta músicas históricas do período medieval e renascentista. O quarteto é composto por Afonso Eder, tenor e tocador de derbak; Douglas Marques, alaudista e diretor artístico; Maurênio Bonfim, tenor e flautista; e Renan Pereira, barítono e também tocador de derbak. Os três primeiros são acadêmicos do Curso de Música e o último é acadêmico de Jornalismo, todos da Universidade Federal do Acre.

Para quem ainda não conhece o Subtilior Ensemble ou quer conferir mais uma vez, o grupo vai se apresentar novamente durante a programação da Bienal da Floresta. Será neste sábado (06), às 19horas, na Praça da Revolução.

Foto: Sérgio Vale/Secom

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