terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Fórum de Cultura de Rio Branco discute ano movimentado

III Fórum Setorial Integrado do CMPC reúne artistas, ativistas culturais e esportistas nesta quinta-feira

Pouco antes de entrar no recesso de fim de ano, o Conselho Municipal de Políticas Culturais de Rio Branco (CMPC) realiza nesta quinta-feira (10), a partir das 18h30, o III Fórum Setorial Integrado de 2009. O Fórum, que acontece no Auditório do Palácio de Justiça, marca o último encontro do tipo no ano.

Inúmeras reuniões de Câmaras Temáticas, reuniões da Comissão Executiva, Lei de Incentivo à Cultura, Fundo Municipal de Cultura, Fóruns Setoriais e Conferência de Cultura de Rio Branco marcaram 2009 como um dos anos mais agitados em se tratando de políticas culturais na capital acreana. Para o III Fórum Setorial Integrado estão convidados todos os conselheiros do CMPC nas áreas de Esporte, Patrimônio Cultural e Arte.

Entre os temas que pautarão este Fórum estão: a apresentação dos dados indicativos do CMPC da sua fundação até hoje; a aprovação do Regimento Interno do CMPC; a eleição do novo representante titular da área de Arte para a Comissão Executiva; e informação sobre o andamento da criação do Sistema Municipal de Esporte e Lazer (SMEL).

Sobre o CMPC
Composto por diversos segmentos das áreas de Arte, Patrimônio Cultural e Esporte, o Conselho Municipal de Políticas Culturais de Rio Branco é uma experiência nova até mesmo para os padrões nacionais, tendo a participação ativa da sociedade civil em suas deliberações como sua principal marca. “O Fórum encerra os trabalhos do Conselho neste ano que foram muito bem feitos. Isso só reforça a nossa convicção de que este formato participativo de Conselho, apesar das dificuldades naturais que ele apresenta, é efetivo em alcance de avanços e espaços para diversos segmentos culturais.”, analisa Marcos Vinícius Neves, diretor-presidente da FGB.

Mais informações através do blog Cultura RB (www.culturarb.blogspot.com) e os telefones 3224-2502 e 3224-0269.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Qual a credibilidade do palhaço?

Festival Literário comete erro, não corrige e tampouco se manifesta.

O Festival Literário de Porto de Galinhas, ou simplesmente FLIPORTO, que em 2009 realiza sua quinta edição, tem como objetivo valorizar e divulgar a literatura produzida na América Latina, em um grande festival à beira da praia, celebrando a cultura e o fazer literário. Dentro da programação, que por si só já chama a atenção, um prêmio acabou fisgando a equipe da Artrio Produções, produtora de audiovisual da cidade de Rio Branco, Acre: O III Prêmio Internacional de Poesia ao Vídeo. Explico. Atualmente trabalhando em um documentário sobre um teatrólogo acreano, a equipe da Artrio viu no prêmio uma possibilidade de divulgar o trabalho que vem realizando, haja vista o teatrólogo em questão também era poeta e um dos vieses do documentário seria uma versão interpretada, em vídeo, de suas poesias. De fato, quando a produtora tomou conhecimento do festival e do prêmio, a poesia interpretada que encaminhou como concorrente ao prêmio já estava gravada e em fase de edição. Feitos os ajustes exigidos pelo regulamento do Festival, o vídeo foi encaminhado e, com muita expectativa, as informações sobre classificação para votação pública foram aguardadas.

Ao ser divulgado o link da internet para votação pública, a surpresa. O vídeo intitulado “Poema sem título”, encaminhado pelo membro da Artrio Bruno Miranda, não era o vídeo que a produtora tinha realizado. Ou seja: ao clicar na imagem e no título da poesia que a equipe da Artrio produziu, o usuário não assistia ao vídeo “poema sem título”, mas sim era encaminhado para uma página do Youtube que hospedava um vídeo concorrente.

Ao verificar o erro, a equipe da Artrio Produções entrou em contato com os organizadores do Festival através de e-mails, telefone e até mesmo o twitter. E não obteve nenhuma resposta do Festival. Por telefone, o velho “vou estar encaminhando para o setor responsável”, que no fim não se responsabilizou por absolutamente nada. E como o erro não foi corrigido, o público não teve acesso ao vídeo e, portanto, não pôde decidir se o mesmo tinha méritos para o prêmio ou não. O que é injusto por si só. A equipe conhece sua capacidade e reconhece o bom trabalho que realizou, e saber disso não é demérito para os outros concorrentes. E por ser um bom trabalho, a equipe entende que merecia ter sido avaliado não só pela coordenação do festival, mas pelo público, o alvo do prêmio e júri final. E divulgado o resultado, obviamente o vídeo produzido pela equipe acreana não constava entre os vencedores. Ao verificar o resultado parcial, disponibilizado pelo festival em seu site, o vídeo não teve um voto sequer. Claro. O vídeo do concorrente, para o qual você seria redirecionado ao clicar, já tinha sido visto, pois vinha antes na ordem de votação.

A equipe da Artrio Produções, em momento algum, entende que foi prejudicada pela qualidade do concorrente, até porque o vídeo em questão está entre os premiados. O fator prejudicial resvala simplesmente no fato de que, ratificando, seu vídeo não pôde ser visualizado. A produtora entende que foi prejudicada pela (des)organização do festival, que além de cometer um erro grosseiro, não corrigiu a lambança ao ser acionada pela equipe, nem tampouco se desculpou com nenhum dos membros da Artrio que entraram em contato para informar o erro.

Apenas para não silenciar o desrespeito e o descaso, a Artrio Produções vem por meio desta deixar uma nota de repúdio ao Festival Literário de Porto de Galinhas e sua organização, que se presta à divulgação da cultura literária mas pratica um desserviço aos fazedores de cultura quando ignora uma reclamação de erro de programação em um site. Que não se sabe porque motivos escusos não se deu ao trabalho de corrigir o erro. E o pior, claro. Não se manifestou, não se desculpou e não agiu diante da injustiça que seu erro causara.

Artrio Produções
Rio Branco, Acre, 05 de Novembro de 2009.

*
Para conhecer a Artrio Produções, clique aqui.

Para conferir o vídeo “Poema sem título”, produzido pela Artrio, clique aqui.

Para conferir a página da Fliporto, com o link errado, clique aqui.

Para mais informações sobre o documentário O Teatro de Betho Rocha, filme do qual o vídeo foi extraído, clique aqui.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Santa sabedoria

Catedral Nossa Senhora de Nazaré é palco de aprendizado através da Sociedade Philosophia


O que você costuma fazer em uma tarde calorosa de sábado? É bem provável que sua resposta esteja entre jogar futebol com amigos, visitar parentes, ir para um clube, beber ou tomar sorvete. Entretanto, em Rio Branco existe um grupo de pessoas com diversas profissões, idades e credos que resolveu que seu sábado à tarde é o momento ideal para se pensar, discutir e aprender. Esse grupo, liderado pelo filósofo e professor Marcos Afonso, é a Sociedade de Philosophia.

Com reuniões quinzenais aos sábados, os membros da Sociedade de Philosophia promovem seus encontros na Biblioteca da Floresta. Porém, neste último dia 17, aconteceu o primeiro encontro fora do lugar de costume. Com a concentração marcada para as 15h30, no Café do Theatro, este tradicional ponto de encontro central estava, aparentemente, com sua movimentação habitual. Mas quando Marcos Afonso convocou os integrantes da Sociedade para uma breve conversa antes de empreender para a Catedral Nossa Senhora de Nazaré, foi possível notar que todos os presentes no local estavam ali por conta da reunião.

Os integrantes desta confraria se dirigiram rumo ao templo católico com o objetivo de lá, conhecer mais sobre a história deste lugar marcante para a história do Acre e aprender sobre os filósofos São Tomás de Aquino e Santo Agostinho. “Como disse o jornalista Altino Machado, esta [caminhada] é a ‘procissão do saber’.”, consolida o moderador Marcos Afonso, momentos antes de se iniciar a pequena marcha.

Em fila indiana, cada pessoa que entrou na igreja pode sentir cheiro de incenso, ouvir música gregoriana e apreciar a arquitetura medieval característica. “Já havia entrado na Catedral antes apenas em casamentos e em uma formatura. Não sou religiosa. Por isso, vir para cá e aprender é uma sensação totalmente diferente.”, afirma Juliete Matos, estudante de Ciências Sociais.

A fila caminhou bem próxima ao belo altar chamado “E Deus fez a Luz”, obra do artista plástico Sansão Pereira, onde é retratada a galáxia de Andrômeda – a mais próxima da Via Láctea, onde se localiza o planeta Terra e que de acordo com cientistas, daqui a cinco bilhões de anos se encontrará com a nossa galáxia. Em seguida, Marcos chamou a atenção para a beleza dos vitrais da Catedral. Tudo para mostrar que, com exceção dos ventiladores ligados, a igreja remete à Idade Média, tempo dos filósofos Santo Agostinho (354-430) e São Tomás de Aquino (1225-1274).

Durante as duas horas de imersão cultural, tanto em adultos quanto em crianças estavam com brilho no olhar a cada informação nova. Idéias passadas e pensamentos profundos abordados de maneira simples provam que inteligência e erudição em nada têm ligação com arrogância, complicações ou pobreza de conteúdo. Assim é a Sociedade de Philosophia. Assim são os membros dela. Assim é o jeito de ensinar – ao mesmo tempo em que aprende – de Marcos Afonso. Assim é a filosofia.
Sobre a Sociedade de Philosophia

Criada em 2008, na Sociedade de Philosophia a única regra é “incentivar toda e qualquer ação que respeite e proteja a vida”. Não se faz militância a qualquer tipo de religião e se usa como livro referência para os debates o romance “O Mundo de Sofia”, best seller escrito por Jostein Gaarder, publicado em 1991. Quem se interessar em filosofia através de audiovisual, música, literatura e outras formas alternativas, basta se ir até a Biblioteca da Floresta, que fica no Parque da Maternidade em frente à Concha Acústica. É de graça.

Helder Cavalcante Jr.
Jornalista




segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Cultura & Política

Há quase dois anos, a cultura rio-branquense tem usufruído de um presente mais que especial: o Sistema Municipal de Cultura. Mas quais as principais vantagens e quais desafios que essa novidade nos trouxe? Esta é uma das pautas da II Conferência de Cultura de Rio Branco, que acontecerá no próximo dia 17, às 18horas, e dias 18 e 19, das 8h às 18horas. O local é o auditório do colégio Armando Nogueira.

Entre nessa!

Produtores, artistas, esportistas e todos os membros da comunidade cultural estão convidados para discutir, avaliar e participar deste encontro. Na oportunidade, acontecerá a discussão sobre os temas e propostas paras Conferências Nacional e Estadual de Cultura, bem como a eleição de delegados para a Conferência Estadual.

Confira, reflita, acompanhe e construa as políticas públicas culturais!
Realização: Fundação Garibaldi Brasil.
Para mais informação acesse: www.culturarb.blogspot.com.

sábado, 22 de agosto de 2009

FETAC EM CENA!

Como intuito de fortalecer o movimento teatral no estado, acontece do próximo dia 23 ao dia 29, o festival estadual FETAC EM CENA, organizado pela Federação de Teatro do Acre. Esse festival diferente do FESTAC , que é o nacional, é uma mostra dos trabalhos montados no estado. Durante a semana, artistas de vários municípios terão espaço para trocar experiências participando de workshops e assistindo aos espetáculos. A população rio-branquense vai ter oportunidade de conhecer os trabalhos dos grupos do interior e prestigiar os trabalhos da capital. Dois grupos convidados de Porto Velho/RO e um de Manaus/AM também se apresentarão.

A programação conta com vários espetáculos que se dividirão nos teatros De Arena do Sesc e Plácido de Castro, além dos espetáculos de rua que acontecerão na Praça do Mercado Velho. O grupo que abre a programação é o manauara Cia. De Idéias e traz o espetáculo “O Auto do Rei Leal”, que é uma releitura do clássico de William Shakespeare “O Rei Lear”.

Rei leal

Também serão realizados Workshops, nos dias 25 e 26, das 8h às 12h, na Sociedade Recreativa Tentamen. Os ingressos estão a R$ 10 reais (inteira) e R$ 5 reais (meia).

Para não deixar de participar do festival, segue abaixo a programação:

Espetáculos Adultos

Às 20h30m

Auto do Rei Leal
Cia. de Idéias (Manaus/AM)
Quando: Dia 23 de agosto
Onde: Teatro Plácido de Castro
Uma releitura do clássico shakespeareano “O Rei Lear”, onde quatro atores interpretam, de forma muito humorada, figuras de nossa cultura popular, brincando com todo esse universo mágico.

Os Anjos Existem
Grupo de Teatro Arte é Viver (Feijó/AC)
Quando: Dia 24 de agosto
Onde: Teatro de Arena do Sesc
A vinda de Lúcifer à Terra para possuir uma garota que nasceu com o destino de ser a mãe do seu filho, o “Anticristo”, entre muito suspense e perdas, revelará fatos que mudarão surpreendentemente a vida desta moça.

Quem é o Rei?
Grupo do Palhaço Tenorino (Rio Branco/AC)
Quando: Dia 25 de agosto
Onde: Teatro de Arena do Sesc
Nessa divertida comédia, um rei vaidoso sonha em ser lembrado por cem anos seguidos. Cercado de idéias mirabolantes e sempre bem assessorado por sua conselheira, o rei procura um culpado para ser pescado.

Confidências de um Espermatozóide Careca
Grupo Raízes do Porto (Porto Velho/RO)
Quando: Dia 26 de agosto
Onde: Teatro Plácido de Castro
O espetáculo retrata com muito bom humor a vida de um espermatozóide desde a sua concepção, passando pela infância, a calvície precoce, a primeira vez, o casamento, viagens e muito mais.

Os Olhos Verdes da Neurose
Grupo O Imaginário (Porto Velho/RO)
Quando: Dia 28 de agosto
Onde: Teatro de Arena do Sesc
Uma reflexão sobre a loucura, o consciente e o inconsciente. O texto aborda a dualidade da vida entre correto e incorreto dentro de uma memória ferida, onde o esquecimento é o meio de fuga para a dor.

A Busca
Cia. Attos de Teatro (Rio Branco/AC)
Quando: Dia 29 de agosto
Onde: Teatro Plácido de Castro
Marco, que quando jovem era preterido pelos amigos e familiares, encontra a alegria no casamento com a bela Vanessa. Através dela, é inserido no mundo, que outrora o excluiu,mas vê envolvido em uma rede de intrigas e traição.

Espetáculos Infanto-juvenis

Às 18h

20 Anos de Risos
Grupo de Teatro e Circo Palhaço Rufino e Sua Turma (Rio Branco/AC)
Quando: Dia 24 de agosto
Onde: Teatro de Arena do SESC
Através de músicas, histórias e gags de palhaço, o espetáculo conta a trajetória do palhaço Rufino, desde seu primeiro parceiro até chegar à formação atual de sua trupe, em um roteiro onde tudo pode acontecer.

Brincando Com Os Contos
Grupo Orákulos de Teatro (Rio Branco/AC)
Quando: Dia 28 de agosto
Onde: Teatro de Arena do SESC
Juntando, desmontando e carnavalizando alguns Contos de Fadas de maneira divertida e criativa, os personagens aparecem inusitadamente e começam a viver novas situações.

Teatro de Rua

Às 18h

Histórias de Encantes
Grupo Experimental de Teatro Vivarte (Rio Branco/AC)
Quando: Dia 25 de agosto
Onde: Praça do Mercado Velho
Mariano, um garoto que vivia no seringal “Oco do Mundo”, transforma sua vida ao encontrar, na floresta, o gigante Mapinguari.

O Circo do Seu Bolacha
Grupo de Teatro De Olho na Coisa (Rio Branco/AC)
Quando: Dia 26 de agosto
Onde: Praça do Mercado Velho
Os palhaços Ping-pong e Dominó fazem de tudo para convencer Seu Bolacha, o dono de um circo falido, a não vendê-lo e transformá-lo em um grande circo. Para isto, pedem ajuda, fazem mágicas e tudo mais de possível.

Comédia Del’Acre
Cia. Visse e Versa de Ação Cênica (Rio Branco/AC)
Quando: Dia 27 de agosto
Onde: Praça do Mercado Velho
Um espetáculo repleto de símbolos, música e danças populares, concebido a partir de fragmentos de textos de autores renomados, contando a trajetória do teatro mundial desde os clássicos gregos até a contemporaneidade.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Camundog Jack?


Projeto "A Cidade se Diverte" leva as bandas Capuccino Jack e Camundogs para o palco do Teatro de Arena do Sesc. O show vai ser neste sábado, dia 15, a partir das 19h30 com a prpoposta de mostrar rock n' roll poético num encontro de duas gerações da música acreana. A realização é das bandas Camundogs, Capuccino Jack e P&iá Produções. Ingressos a R$ 5 reais e R$ 2 reais (meia). As primeiras 50 pessoas a comentarem no blog www.festivalchicopop.blogspot.com não pagarão ingresso e quem deixar nome e sobrenome na comunidade do Orkut “Festival Chico Pop” vai pagar apenas metade do preço.

Endereço: Teatro de Arena do Sesc - Avenida Brasil, s/n - Centro - 3212-2815 | Mais informações com Alexandre Nunes (9976-2403) e Aarão Prado(9205-6801)

I SARAU LIGA NÓIS – PRÉVIA DO FESTIVAL VARADOURO

Por André Lima e Victor Manfredine
Capuccino Jack e Caldo de Piaba

Fotos de Talita Oliveira

Durango Kid, Capuccino Jack e Caldo de Piaba são as atrações do “I Sarau Liga Nóis” que acontece neste domingo, dia 16, no Centro Cultural Liga Nóis, a partir das 16 horas. Além disso, o evento traz ainda apresentação de dança de rua e intervenções de artistas plásticos.

Segundo Thays França, membro do Núcleo de Produção do Coletivo Catraia, a idéia é movimentar o público para os dois grandes dias do Festival Varadouro.



“Estamos há pouco mais de um mês para o Festival. Estamos trabalhando na produção e montando a programação do evento, por isso esses dois saraus acontecem para começar a divulgar o Varadouro e trazer o público para mais perto dos trabalhos das bandas.”

Os ingressos custam R$ 2 reais e mais um produto de limpeza que vai ser doado para estruturação da brinquedoteca do Centro Cultural Liga Nóis com inauguração prevista para outubro.

Adão Segundo (Babu) no Liga Nóis

“Temos o projeto Amarelinha que se destina a angariar brinquedos e livros para o Centro Cultural Liga Nóis. Esse material vai ficar a disposição da comunidade para estudo e apreciação, então quem estiver interessado em participar pode se dirigir ao Liga Nóis para fazer sua doação”, comenta Adão Segundo (Babu), coordenador da Central Única das Favelas do Acre (CUFA/AC).

A realização é do Coletivo Catraia, CUFA/AC e Centro Acreano de Hip Hop com apoio do Governo do Acre, por meio do Sistema Público de Comunicação.

Centro Cultural Liga Nóis
Inaugurado em julho de 2009, tem como objetivo principal vincular comunidades ao desenvolvimento sociocultural, trabalhando junto à sociedade e aos poderes públicos. O Liga Nóis é resultado da união de algumas das entidades não-governamentais mais atuantes no movimento cultural em Rio Branco.

A CUFA se juntou ao Coletivo Catraia e ao Centro Acreano de Hip Hop para potencializar forças e executar projetos. As três entidades são responsáveis por atingir um grande número de jovens, tanto nos festivais e eventos musicais, quanto nas oficinas que promovem para formação em diversos segmentos artísticos.
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+info: Centro Cultural Liga Nóis - Avenida Epaminondas Jacomé, 884 – Cadeia Velha - duas ruas após o SENAI – Mais informações acesse HTTP://coletivocatraia.blogspot.com ou entre em contato pelo 8402-5168.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

FESTIVAL CHICO POP: A REINVENÇÃO

Mistura de ritmos e apresentações teatrais dão nova cara ao evento

Por André Lima e *Giselle Lucena

Caro John, Roda de Samba, Capuccino Jack, Heloy de Castro, Mapinguari Blues, Som da Madeira, Dannah & Os Nobres, Grupo Capú, Filomedusa, Camundogs, Los Porongas, Kelen Mendes e Álamo kário são os artistas que se apresentam nos dias 8 e 9 de agosto, a partir das 17 horas, no Coreto da Praça da Revolução durante a segunda edição do Festival Chico Pop.

No ano passado foram sete bandas do Estado e uma de Rondônia que expressaram sua arte através do rock n’ roll. Agora o evento abraça ritmos como o samba, soul, nova MPB, choro, instrumental, regional e, claro, o rock. Outra novidade são esquetes teatrais que passam a integrar o contexto do Festival e vão estar presentes na abertura de cada dia.

No sábado, dia 8, a Cia de Artes Camalearte apresenta “QUEM AMA NÃO MATA”, uma criação coletiva da Cia com direção de Paulo Nascimento. Já no domingo, dia 9, a abertura é por conta do grupo experimental de teatro VIVARTE, que vai preparar um cortejo convidando o público para uma grande brincadeira de ciranda e nos intervalos das atrações musicais quem comanda é o grupo Vai dá Baião.

Segundo Alexandre Nunes, articulador do Festival, essa é uma maneira de manter viva a memória de Chico Pop e fazer com que a cidade continue se divertindo. “Antes de qualquer coisa, o Festival é feito por pessoas que admiram e acreditam no que movia o Chico Pop: a cultura, a arte e vida. Sabemos que o trabalho que ele realizou nos deu um forte alicerce que hoje nos permite dar um passo a mais”.

A produção e realização são da banda Camundogs e P&A Produções com apoio cultural do RB Records Studio, JBSom, Esfera Produções, Drogaria Leblon, Biau Som, artistas e ativistas culturais participantes, FGB - Prefeitura Municipal de Rio Branco, Fundação de Cultura Elias Mansuor e Sistema Público de Comunicação. E conta com o patrocínio do Governo do Acre.

CHICO POP: A FIGURA
“O Pop” era um “jornaleco sem xaropadas”, como dizia Garibaldi Brasil. Produzido em Rio Branco no início dos anos 70, o jornal se dedicava à cultura e a vida social da capital acreana. O editor, Francisco Ventura de Menezes, logo recebeu o apelido Chico Pop, pelo amigo e também jornalista José Chalub Leite. “A Cidade se Diverte” era a coluna cultural que Chico Pop editou no jornal O Rio Branco, durante as décadas de 70 e 80.

Seu jornalismo cultural reunia agenda, resenhas, artigos e crônicas. Ele trouxe aos rio-branquenses informações sobre o mundo das artes universais, fazendo-os olhar também para a cultura e identidades locais. Em plena Rio Branco da década de 70, Chico falava de Pink Floyd e McLuhan, mas também dava espaço para o Chacrinha, para o folclore local ou para o garoto anônimo que queria recitar um poema.

Chico Pop tinha a necessidade e prazer em promover um convite à fruição artística: ele lia um livro e queria que o outro lesse; assistia a um filme e queria que o outro assistisse também para discutir; ouvia uma música que gostava e passava à frente. Por meio do jornalismo, ele conseguiu fazer com que esse convite atingisse a um maior número de pessoas.

Nas suas contribuições para os movimentos artísticos e principalmente musicais, está, entre outras iniciativas e inspirações, o Festival Acreano de Música Popular – FAMP, um dos mais importantes festivais da história da música local.

Mas Chico Pop merece também um reconhecimento pela classe jornalística por ter revolucionado a imprensa acreana no que diz respeito ao jornalismo cultural. Ele fez, há trinta anos, um jornalismo que hoje teóricos, pesquisadores e profissionais que estudam e discutem o jornalismo cultural julgam como o mais adequado, um jornalismo cultural que faz jus ao nome.

Endereço: Praça da Revolução - Avenida Getúlio Vargas - Centro - Em frente a Polícia Militar

PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL CHICO POP
Dia 08 de Agosto / Sábado
- Kelen Mendes
- Caro John (Tarauacá)
- Roda de Samba
- Álamo Kário
- Cappuccino Jack
- Heloy de Castro
- Mapinguari Blues

Domingo 09 de Agosto / Domingo
- Som da Madeira
- Dannah & Os Nobres
- Grupo Capú
- Filomedusa
- Camundogs
- Los Porongas

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Festival Amazônico de Heavy Metal


Toda turma do metal está convocada a conferir o Metal Selvagem 2009!
Nos dia 24 e 25 de julho, a partir das 18horas. O local é o Point do Zely (Estrada do Quixadá - KM 3,5).

Bandas:

Dia 24/07 (sexta-feira)
STORM RIDERS – AC
METAL LIVE – AC
ATOMIC BEER – AC
SCALPO – AC
SILVER CRY – AC

Dia 25/07 (sábado)
ALTER-EGO - AC
WILD CHILLD – AC
RAW RIDE – AC
FIRE ANGEL – AC
SUICIDE SPREE – AC

Regime: Acampamento

Setor A: Camping, Rockgol, Tattoo, Artesanato, Clips.
Setor B: Praça de alimentação, Bar, Tenda dos Drinks.

Passaporte para os dois dias: R$ 10,00 + 01 kg de alimento não perecível (menos farinha e sal)
Ingressos antecipados até o dia 23/07: R$ 8,00 + 01 kg de alimento não perecível (menos farinha e sal)

Pontos de Venda: Discardoso (Galeria Meta); Gilmar Tattii & Piercing (Praça da Bandeira); Mercantil Angra (Jardim Eldorado); Eletrônica Halley (Bairro Bosque).

REALIZAÇÃO: CROHMA
Apoio: Point do Zely, Márcio Batista, Fundação Garibaldi Brasil, Gilmar Tattoo e Piercing, Mercantil Angra, Eletrônica Halley e Discardoso.

Levem suas barracas!!!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

SaRaUuUu!


Sexta feira (17) vai rolar o Sarau A Catraia, uma realização do curso de jornalismo da Ufac, para divulgar o jornal experimental do curso agora também na internet. Além de conferir as novidades do site é uma oportunidade de reunir a galera, bater aquele papo e sacudir o esqueleto ao som de Capuccino Jack, Caldo de Piaba e convidados.

A partir das 19h, no estacionamento do bloco de jornalismo.

Bora lá!

Visite também o Catraia online:
www.acatraia.com.br

sábado, 27 de junho de 2009

Entrevista


Coordenador da ação “Cine Mais Cultura” vem a Rio Branco para participar do Seminário de Cineclubismo


Por Helder Cavalcante Jr.

O Ministério da Cultura (MinC) vem promovendo ações nos mais diversos segmentos artísticos para fomentar a difusão, acesso e formação das produções culturais do Brasil. Um do programas voltados programa o reconhecimento da cultura como necessidade básica é o “Mais Cultura”. Dentro deste programa existe ação voltada para o audiovisual chamada “Cine Mais Cultura”. Através de editais e parcerias diretas, a iniciativa disponibiliza equipamento audiovisual de projeção digital, obras brasileiras do catálogo da Programadora Brasil e oficina de capacitação cineclubista, atendendo prioritariamente periferias de grandes centros urbanos e municípios.

Para falar mais sobre esse trabalho que tem rendidos bons resultados no Acre, o Seminário Circuito em Construção: Auto-Sustentabilidade Cineclubista contará com a palestra do coordenador executivo da ação Cine Mais Cultura, Frederico Cardoso. Em entrevista concedida via e-mail, Cardoso entra na questão da mudança no atual quadro de falta de acessibilidade às produções audiovisuais no Brasil, dando uma amostra do que vem por aí no seminário que será realizado nos dias 26 e 27 de junho, na Filmoteca da Biblioteca Pública Estadual.

* Frederico, como a ação Cine Mais Cultura trabalha para mudar o quadro da difusão do audiovisual brasileiro, onde apenas 8% do território nacional concentram todas as salas comerciais de cinema?

Dedicamos toda a nossa força de trabalho para periferias de centros urbanos e municípios com menor número de habitantes, por duas vias: editais (houve um nacional que contemplou iniciativas de 81 cidades de um universo possível de 100 e lançaremos editais em cada um dos estados signatários do Mais Cultura que solicitaram a ação Cine Mais Cultura - serão 13 já em 2009) e parcerias diretas (no Acre, por exemplo, em parceria, a Fundação Elias Mansour entrará com a compra dos equipamentos e o Cine Mais Cultura, que já capacitou os representantes de cada Cine, entrará com o conteúdo audiovisual brasileiro e investirá em mais 5 kits de equipamentos.

Dessa forma, o Acre é o primeiro estado a zerar o número de municípios sem sessões coletivas de audiovisual.). Nosso tripé de ação é disponibilizar conteúdo brasileiro, equipamento de projeção e levar a oficina de capacitação (esta, em parceria com o CNC - Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros).

* Qual é a importância das atividades cineclubistas como incentivadores do consumo e qualificação crítica da produção audiovisual no Brasil?

Penso que o modelo de trabalho cineclubista é o ideal, pois não significa somente passar filmes numa tela, mas também promover a integração das pessoas, de forma que pensem aspectos da obra apresentada, mas para além disso. É movimento social e pensa a sociedade de maneira muito mais ampla. O filme é o principal, mas também pode ser ferramenta ao mesmo tempo, trazendo outros assuntos para primeiro plano.

* A relação entre salas de aula e cinema ainda é baixa e, para agravar a situação, existem preconceitos sobre os professores que tentam utilizar de filmes para auxiliar na educação. Como você analisa essa realidade?

De maneira geral, ainda se pensa muito em utilização dos filmes a serviço das aulas, o que entendo, concordo, mas acho que deve ser mais que isso. Acho que as escolas poderiam pensar com mais intensidade em serem abertas para a sociedade em geral, funcionando como espaços de convergência social e cultural. Independente disso, um aspecto que não pode ser deixado de lado é o audiovisual ser uma forma de comunicação das mais importantes e presentes nas nossas vidas, sendo o cinema o pai de todas as "linguagens audiovisuais" que conhecemos hoje (basicamente tudo o que conhecemos hoje tem origem direta no início do cinema). Não querer utilizar material audiovisual é, a meu ver, negar a participação nas trocas de informação.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Seminário começa hoje!

Cineclube é tema de mesa-redonda e de palestras que acontecem até sábado, reunindo gestores locais e de outros estados

Começa nesta sexta-feira (26), às 17horas, na Filmoteca da Biblioteca Pública, o Seminário Circuito em Construção: Auto-sustentabilidade Cineclubista. No primeiro dia acontece a palestra: Cineclubes, uma rede em defesa dos direitos do público, com Antônio Claudino de Jesus - Presidente do Conselho Nacional de Cineclubes e Vice-Presidente da Federação Internacional de Cineclubes. Na seqüência, uma mesa-redonda vai apresentar Relatos de Experiências Locais.

No sábado (27), a partir das 9h30, é a vez da palestra Direitos Autorais, ministrada por Gilvan Veiga Dockhorn - Diretor Regional do Conselho Nacional de Cineclubes/RS, Cineclube Vagalume/RS. Em seguida, Frederico Cardoso, Coordenador Executivo do Cine Mais Cultura, vai proferir palestra sobre Programação e Distribuição de Conteúdo. Na parte da tarde, às 13h30, entra na pauta a Auto-Sustentabilidade Cineclubista, na palestra de Eduardo Ades, representante da ONG Tela Brasilis. O Seminário termina com uma Mesa-redonda sobre Mecanismos de Financiamento da Cultura, com gestores locais e outros convidados.

Todos os interessados na linguagem cinematográfica devem participar, além de produtores culturais, cineclubistas, cineastas, dirigentes públicos da área da educação e da cultura. A atividade faz parte do projeto Circuito em Construção, que promove seminários em vários estados brasileiros, realizado pela Associação Cultural Tela Brasilis, com patrocínio do Ministério da Cultura. No Acre, a promoção é da Associação Samaúma Cinema e Vídeo, em parceria com a ABDeC e Cineclube Batelão.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Espetáculo "Quem é o Rei?"


O enredo fala de um rei (Dinho Gonçalves) que, após acordar de um sonho, tem a brilhante idéia de construir um monumento que o lembre mesmo depois de sua morte por pelo menos cem anos. Para isso ele conta com a ajuda de sua secretária (Fabrícia Freire), mas a peça é interrompida pela entrada de um terceiro e inusitado personagem, um carismático vendedor de melão (André Cézar), que tira a produtora da peça do sério (Marília Bonfim).

"Quem é o Rei?" é uma comédia para olhos e ouvidos atentos para que não se perca o time da piada. O texto é inteligente e bem escrito, trazendo elementos como a metateatralidade, que envolve realidade e ficção em cena, deixando o público muitas vezes em dúvida. Vale a pena assistir!

Confira uma reportagem sobre o espetáculo:



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: Quem é o Rei? - Dias 26 e 27 de junho (sexta-feira e sábado) - 20 horas - Teatro de Arena do Sesc - Avenida Brasil, 173 - Centro - Tel.: 3212-2815 - Ingressos a R$ 12 reais e R$ 6 reais com apresentação da carteira de estudante - Realização do Grupo do Palhaço Tenorino financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura, com patrocíno do banco HSBC.

Direitos Autorais em debate!


Em entrevista, Gilvan Dockhorn fala sobre o tema de sua palestra no Seminário de Auto-Sustentabilidade Cineclubista


Por Helder Cavalcante Jr

As atividades cineclubistas estarão em evidência no “Seminário Circuito em Construção: Auto-Sustentabilidade Cineclubista”, que acontece nos dias 26 e 27 de junho, na Filmoteca da Biblioteca Pública Estadual. O evento é realizado pela Associação Cultural Tela Brasilis, com patrocínio do Ministério da Cultura. No Acre, a promoção é da Associação Samaúma Cinema e Vídeo, em parceria da ABDeC e Cineclube Batelão.

A discussão sobre “direitos autorais” vem tomando conta dos noticiários do Brasil e do mundo. Em épocas de democratização da internet e outros meios de comunicação e acesso à cultura – como os cineclubes –, a discussão sobre esse assunto é cada vez mais importante. Por conta desse contexto, direito autoral é um dos temas do debate.

O palestrante para este assunto é Gilvan Veiga Dockhorn - Diretor Regional do Conselho Nacional de Cineclubes/RS, Cineclube Vagalume/RS. Copyright, copyleft, entre outros pontos-chaves do universo dos direitos à propriedade intelectual serão abordados durante o encontro.

A entrevista abaixo foi concedida via e-mail por Gilvan. Confira um pouco do que vem por aí no Seminário

*Gilvan, a lógica atual de propriedade intelectual (os direitos autorais, patentes e marcas) segue a lógica pensada em sua criação?

Até o advento da sociedade capitalista as idéias, o conhecimento, as lendas, a história, a informação, o caldo comum de cultura eram transmitidos pela oralidade, pelo gestual e pelas artes (escultura, arquitetura, pintura). Não havia nenhuma espécie de apropriação que não a coletiva. Não havia autoria individual dos cantos, das encenações, do trabalho, das ferramentas e tudo era aprimorado e aperfeiçoado conforme o passar dos tempos como resultado de criações coletivas e do imaginário comum.

Mesmo com a adoção da escrita, essa característica permaneceu já que as possibilidades de cópia e circulação de bens culturais eram remotas em razão da ausência de tecnologia de reprodução das obras. É bom lembrar que qualquer produção cultural em qualquer época é “derivativa”, ou seja, somente produzimos com base na cópia, reelaboração e aperfeiçoamento; fomos e somos ao mesmo tempo produto e processo cultural. Com a sociedade do capital as idéias passaram a receber valores de troca. De uma cultura livre passamos para a cultura da “permissão”, onde os criadores podem criar apenas com a permissão dos que detém poder ou dos criadores do passado.

Na introdução da legislação (primeiramente o copyright) há mais de quatro séculos, não havia a possibilidade de “cópia privada” ou de “reprodução sem fins de lucro” na medida em que o monopólio de cópia garantia ao dono das máquinas o lucro. Quem não tivesse recursos, ficava excluído do processo e do acesso a esta criação. O direito de cópia era arma comercial de um empresário contra um outro. Atualmente essa situação não ocorre desta forma, o público se organiza, não opera mais nos marcos de emissor/receptor, produto/processo, ao ter acesso às máquinas (computador, gravador, fotocopiadoras etc.) que trocam informações sem a necessidade de um centro ou núcleo de recepção, pode fruir livremente das criações e interferir nessas.

A propriedade intelectual e o copyright (literalmente o direito de cópia) transformaram a cultura em propriedade privada, em mercadoria. Mesmo que na origem a idéia de direito do autor visasse proteger o criador, gradativamente, com as técnicas e os meios de produção concentrados em mãos de empresas e indústrias, os criadores se viram forçados a entregar/ceder sua obra, sendo esta mercadoria passou a lidar com a escassez e com as limitações de circulação; a cultura como mercadoria é de poucos e para poucos.

*Com a internet, o debate sobre direitos autorais tomou conta da opinião pública. Recentemente no EUA, a justiça tem condenado a prisão e multas altíssimas algumas pessoas por conta de downloads ilegais. Qual sua opinião sobre esse contexto?

A internet possibilitou uma nova forma de lidarmos com a questão da cultura, esta nova forma contradiz os interesses de indivíduos, entidades e empresas que atuam na “mercantilização” da cultura e na monopolização final dos meios culturais. A legislação - se pensada como interesse coletivo - deveria proteger o direito autoral do criador e impedir o perpétuo monopólio cultural de alguns poucos indivíduos, entidades e empresas. Contudo, atualmente ela representa uma contradição entre a cultura produzida socialmente e o seu acesso. O direito do autor e o copyright, da forma como estão estabelecidos, se confrontam com o direito social, da coletividade e as possibilidades de acesso, circulação e distribuição da cultura proporcionadas pelo avanço tecnológico.

Estes avanços tecnológicos na área da automação e da informática estão quebrando a forma como nossa cultura da permissão foi construída; a produção, o acesso, a distribuição, a circulação e a cópia podem ser realizadas sem pagamento ou pedido de permissão. Isso está possibilitando a quebra dos monopólios e da mercantilização da cultura. Como afirmou Lawrence Lessig, com a internet na escala atual, é impossível que ao desligar o modem as alterações por ela provocadas se acabem. Ninguém está totalmente offline. Porém, isso não significa perda aos criadores e inovadores, pois seus direitos de propriedade intelectual não foram quebrados, sua criação não foi deturpada ou apropriada por outro.

*Como você projeta o futuro da questão dos direitos autorais no Brasil e no mundo?

É uma questão em aberto; a sociedade em rede como chamou Castells faz com que todos os processos sociais, políticos e culturais se relacionem com uma infinidade de fluxos de informações; a internet e a lógica das culturas livres (softwares, licenças abertas como creative commons etc) quebram controles rígidos de forças econômicas e políticas enraizadas nas estruturas do Estado que encaram e se relacionam com a cultura como mercadoria. É bom lembrar que a cultura livre não é contra toda a forma de controle, ela opera com mecanismos que impedem o controle de alguns e ao mesmo tempo garante direitos aos criadores.

A concentração da capacidade de emissão de informações reduz o debate político, as expressões e identidades culturais bem como as representações do mundo social. O mercado não garante a livre circulação de bens culturais e nem mesmo o pluralismo de informações (vide a criação de megaconglomerados: Time com Warner, Time-Warner com CNN, Disney com ABC...). A base é a uniformização dos conteúdos. Por isso a internet se apresenta como ferramenta, não mais do que isso, fundamental na inversão desses processos. Contudo, o momento é impar e até agora as tentativas de controle e censura se revelaram inúteis (vide o caso do Irã), até porque a própria indústria produz ferramentas que burlam a legislação por ela defendida (ou seja, se condena a cópia sem autorização mas se lança no mercado produtos que tem a possibilidade de fazerem essas mesmas cópias: cds e dvds graváveis, gravadores, programas de gravação, enfim...).

O ideal seria proporcionar uma justa compensação pelo trabalho desenvolvido por um criador (um trabalhador do conhecimento) com a proteção da reprodução e da cópia de sua obra garantindo assim seu uso social e comum (já previsto em lei na forma do domínio público). O direito autoral fica preservado, o copyright, é que perde seu sentido pois limita a circulação de bens culturais. Por fim, quando a lei e a tecnologia entram em atrito, muda-se a lei e não se barra o avanço cultural em nome da defesa de mercado ou de interesses privados.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Teatro!

VAI QUE AINDA DÁ TEMPO!

Espetáculo Quem é o Rei?

Para saber "Quem é o Rei?", não perca o novo espetáculo do Grupo do Palhaço Tenorino.
A indicação é para maiores de 12 anos. O pessoal do teatro paga meia entrada!

Quando: Dias 26 e 27 de junho, às 20 horas
Quanto: Ingressos a R$12 e R$6 (meia)
Onde: Teatro de Arena do SESC (Av. Brasil, nº 173 - Centro), Rio Branco

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Vau da Sarapalha

O grupo paraibano Teatro Piollin apresenta o espetáculo Vau da Sarapalha – uma adaptação do texto Sarapalha de João Guimarães Rosa. Com duração de 55 minutos, as peça conta a história de Argemiro, que apaixonado pela mulher do primo, vai plantar em terras deste, que fica em Vau da Sarapalha.

Quando: Dias 24 e 25 de junho, às 20 horas
Quanto: Ingressos a R$5 e R$2,50 (meia)
Onde: Usina de Arte João Donato (Avenida das Acácias, Nº.1 - Zona A - Distrito Industrial), Rio Branco

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A Menina e o Palhaço

O espetáculo teatral “A Menina e o Palhaço” aborda temas que se opõem durante toda a apresentação, como vida e morte, alegria e tristeza, adulto e criança, pobre e rico e tantos outros. Sucesso de crítica e de público, a peça é uma ótima pedida para todas as idades.

Quando: Todos os domingos de junho, às 17 horas
Quanto: R$10 (inteira) e R$5 (estudante)
Onde: Theatro Hélio Melo (Av. Getúlio Vargas, nº 309 - Centro), Rio Branco

Como consolidar um movimento cineclubista?


Participe do Seminário Circuito em Construção: Auto-sustentabilidade Cineclubista e discuta essas e outras questões!


Anota aí as datas: 26 e 27 de junho, das 17 às 21horas no primeiro dia, e das 9h30 às 17horas no segundo dia. O local é a Filmoteca da Biblioteca Pública.

Na pauta, o processo de implantação do movimento cineclubista, sua consolidação e sustentabilidade. Para mais informações entre em contato pelo e-mail: samaumacinevideo@gmail.com.

Quem realiza é a Associação Samaúma Cinema e Vídeo, em parceria com a Associação Cultural Tela Brasilis, que promove seminários em vários estados brasileiros por meio do projeto Circuito em Construção, patrocinado pelo Ministério da Cultura.

Na foto: Juliana Machado, Isabelle Amsterdam e Wander da Silva. Membros da Samaúma divulgando atividade na Ufac.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Editais, concursos e afins


Inscreva-seeeeeeeeeeeeeeeeee!!


Cultura no Mercado

Estão abertas as inscrições para o Projeto Cultura no Mercado, que promoverá diversas performances artísticas e culturais no espaço do Mercado Velho, entre os dias 11 de julho e 31 de outubro. Você que é artista, ou pertence a um grupo, pode participar nas categorias Música Instrumental e/ou Vocal, Performances de Teatro (Rua, Infanto Juvenil ne outros), Performances de Danças, Performances de Circo e Contação de Histórias.

Quando: Inscrições até 30 de junho, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas
Quanto: Grátis
Onde: Funadação Elias Mansour (Rua Senador Eduardo Assmar, nº 187 - Bairro Segundo Distrito), Rio Branco

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Concurso de Autores de Peças Teatrais do Acre

Estão abertas as inscrições para o Concurso de Autores de Peças Teatrais do Acre – CAPETA, nas modalidades adulto e infanto-juvenil. Estudantes de 1°, 2° e 3° graus, artistas, jornalistas, escritores, professores e comunidade em geral, com nacionalidade brasileira e que residam no Acre a mais de 02 anos podem participar. Os prêmios são até de 1 mil reais. Regulamento e ficha de inscrição no Blog Cultura RB . ou clique aqui! para mais informações.

Quando: Inscrições prorrogadas até 2 de julho
Quanto: Grátis
Onde: Sede da FETAC (Rua Floriano Peixoto, 970, Centro), Rio Branco

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FETAC em Cena 2009

Atenção companhias de teatro, profissionais e amadoras: estão abertas as inscrições para o Festival Estadual de Teatro – FETAC em Cena 2009 nas modalidades Teatro Infantil e Adulto, Teatro de Rua, Circense, Performances, Esquetes e Intervenções Teatrais. Regulamento e ficha de inscrição no Blog Cultura RB , ou clique aqui! para mais informações.

Quando: Inscrições até 30 de julho de 2009
Quanto: Grátis
Onde: Sede da FETAC (Rua Floriano Peixoto, 970, Centro), Rio Branco.

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Prêmio de Literatura Garibaldi Brasil

Você que aprecia a arte de escrever, participe do Prêmio de Literatura Garibaldi Brasil, nas categorias Conto, Crônica, Romance, Poema, Ensaio, Memórias e Casos. Cada autor pode concorrer com até três obras por categoria, mas somente um texto em cada categoria será premiado. O prêmio é de R$ 1.500,00 para o 1º lugar, R$ 1.000,00 para o 2º lugar e R$ 500,00 para o 3º lugar. Mais informações ligue: 3224-0269 ou acesse o Blog Cultura RB

Quando: Inscrições até 31 de dezembro, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas
Quanto: Grátis
Onde: Sede da Fundação Garibaldi Brasil, no Parque Capitão Ciríaco (Avenida Dr. Pereira Passos, nº 225 – Bairro Seis de Agosto), Rio Branco

Revelando os Brasis - Ano III

Confira o cirtuito em exibição.
Hoje, 23, às 19horas, na Praça do Mercado Velho.


SESSÃO GRATUITA DE CINEMA

Confira a programação:

- Arte na Ruína, de Wagner Santos Soares (AC)
-Yube Nawa Aibu (Mulher Jibóia Encantada), de Vandete Cerqueiro Cereno Kaxinawá (AC)
- Seu nome era Brasília, de Duplanir de Souza Filho (AC)
- Manã Bai, de Zezinho Yube (AC)
- Real Yanawá, de Joaquim Tashka e Laura Soriano (AC)

Mais informações acesse: Revelandoosbrasis.com.br

segunda-feira, 22 de junho de 2009

ERRATA

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Caros leitores, informamos que o lançamento do livro "A História de Chiquinho"
aconteceu às 9horas da manhã desta segunda-feira, e não vai
acontecer às 19horas, como publicado anteriormente.

Pari Passu lamenta os transtornos.
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A História de Chiquinho chega ao Acre

Lançamento acontece hoje, segunda-feira, na Biblioteca da Floresta

Por Samuel Bryan, da Agência de Notícias do Acre


Chico Mendes sonhou com o futuro e nele viu os jovens lutando por um mundo melhor. E esse era um de seus grandes desejos, o de que a juventude aderisse a uma causa humanista de preservação e sustentabilidade. Chico Mendes morreu, mas seus ideais ficaram como exemplo para uma geração e agora servem de inspiração para a publicação de um livro infantil, intitulado "A História de Chiquinho". A obra que foi escrita pela acreana Walquíria Raizer e tem os desenhos supervisionados pelo cartunista Ziraldo será lançada numa sessão na Biblioteca da Floresta Marina Silva, no dia 22 de junho, às 19horas. Toda a população está convidada.

Elenira Mendes, filha de Chico Mendes e presidente do Instituto Chico Mendes, foi quem idealizou o projeto. "A ideia nasceu desde que eu comecei a militar na causa, fiquei imaginando uma maneira de transmitir a história do meu pai para as crianças", disse. Ela procurou por Ziraldo, que a atendeu de imediato, e assim nasceu o personagem Chiquinho. Após sua criação, a poetisa Walquira Raizer, com Elenira e a jornalista Charlene Carvalho, desenvolveram a história do primeiro volume de A História de Chiquinho, sempre sob a supervisão de Ziraldo (foto dir.).

Personagem e linguagem infantil

Chiquinho foi desenhado com traços que lembram o Chico Mendes real, ele é meio gordinho, tem olhos grandes e expressivos, além dos cabelos lisos e negros caindo sobre a testa. Está vestido da mesma forma que um homem ou um menino da floresta, a vontade e simples. Na capa do livro, Chiquinho aparece segurando uma cabrita (a faca para cortar a seringueira) e uma poronga (lamparina da floresta) na cabeça, enquanto o colhe o látex de madrugada.

O livro tem toda uma linguagem infantil de fácil entendimento. Através de uma maneira simples e divertida, não só a história de Chico Mendes poderá ser passada para as crianças e jovens, mas também suas ideias e valores de preservação a natureza e sustentabilidade. Elenira planeja publicar outros volumes de A História de Chiquinho em breve. O cartunista Ziraldo e a escritora Walquira Raizer (foto esq.) estão confirmados para o lançamento do livro em homenagem a Chico Mendes.

Ziraldo é o cartunista mineiro autor do grande sucesso “O menino Maluquinho” e do Saci Pererê em quadrinhos. Supervisionou e assinou a produção de “A História de Chiquinho”, um livro infantil de 30 páginas que já circula no Rio de Janeiro com tiragem em primeira edição de 10 mil exemplares.

No livro, na parte “Conversa com o leitor”, Ziraldo explica seu novo lançamento:

“Chico Mendes é um dos heróis do nosso tempo. A notícia de sua atuação na Amazônia, infelizmente, só chegou até nós, depois de sua morte, quando a nação inteira tomou conhecimento da luta árdua daqueles que têm hoje a alcunha gloriosa de ‘povos da floresta’. Agrada-me poder participar da tentativa de querer tornar mais presente a sua história e a história de seus companheiros na luta pelo respeito aos direitos das populações que vivem à sombra das gigantescas árvores da Floresta Amazônica. Assim, quando Elenira Mendes pediu minha ajuda para criar, com seus amigos e os meus, esse livrinho, aceitei a honrosa missão com alegria. Convoquei, para isto, meus companheiros de profissão, de sonhos e ideais, os jovens Miguel Mendes, Vanderlei Soares, Fábio Ferreira e Ferreth, com quem tenho trabalhado ao longo de muitos anos. Aí está o resultado do nosso trabalho, concluído a partir do texto que me trouxe a talentosa acreana Walqíria Raizer. Gostei de ter supervisionado a rapaziada e fiquei muito feliz ao ver o livrinho pronto. Espero que ele ajude os amigos de Chico Mendes e seus herdeiros de luta no grande esforço de tornar nosso país mais justo. Que as crianças brasileiras amem conhecer essa bela história contada, especialmente, para elas”.

-x-

Confira AQUI o site do Ziraldo.
Faça também uma visita à Walquíria Raizer.
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